sábado, 19 de janeiro de 2013


Igreja Matriz de São Sebastião do Passe – Ba
Foto da Igreja durante a reforma realizada no mês de dezembro de 2012

Foto da Igreja tirada  durante a Festa do Padroeiro realizada no período 11/01/2013 à 20/01/2013

Arte Sacra pintada por Holanda Araú

Criada em 22 de abril de 1718. Já pertenceu à Arquidiocese de São Salvador da Bahia, mas em 15 dezembro de 2010  com a criação da Diocese de Camaçari pelo Papa Bento XVI que também nomeou Dom João Carlos Petrini como seu primeiro Bispo,   a Igreja Matriz passou a pertencer a  Diocese de Camaçari.
Pároco  Pe. Alex Oliveira de Almeida
Cooperador Paroquial  Pe. Márcio Oliveira Menezes
Seminaristas da Diocese de Camaçari: Filipe Montesino; Márcio Oliveira Santos; Marcos Almeida
Também ajuda na evangelização: Frei Severino Fernandes de Sousa, OFM que não é clérigo mas é Consagrado a Deus.

História:
 O historiador da Igreja, Costa e Silva(2000), reconhece a criação das paróquias no Brasil Colonial e Imperial em três distintos momentos: O primeiro período dá conta de cento e sessenta anos entre a criação da primeira diocese (1551) e o governo episcopal de D. Sebastião Monteiro da Vide; a segunda ocasião corre entre o ministério pastoral deste (1702-1722) até a oportunidade da Independência; o terceiro segue do Ato Adicional de 1834, quando são transferidas às Assembléias Provinciais o direito de instituir paróquias, até a separação da Igreja e do Estado (1890), com o advento da República. O nosso estudo situa-se neste segundo momento, quando analisaremos uma das vinte freguesias criadas, no governo de D. Sebastião Monteiro, a Freguesia de São Sebastião das Cabeceiras do Passé.

D. Sebastião Monteiro
D. Sebastião Monteiro foi o quinto arcebispo da arquidiocese da Bahia, durante o seu governo não se furtou a cuidar dos escravos e a enfrentar os senhores de engenho que não lhes atentavam para fé cristã, chegando a organizar um catecismo para esses cativos. Mas o principal fato que o levou D. Sebastião a escrever uma carta ao rei D. João V (1706-50) foram vários dentre eles a dificuldade dos ministros eclesiásticos e dos fies ou seja a distância e as dificuldades dos caminhos, já que esses obstáculos entre si proporcionava algumas dificuldades pastorais como: o não cumprimento das exigentes Constituições Primeiras de se batizarem as crianças até o oitavo dia de nascidas nas igrejas paróquias; a incapacidade de alcançar doentes ainda vivos para serem confessados e receberem a Extrema Unção; a ausência nas missas nos dias Santos e Domingos. Esta carta encontrará resposta seis anos após o seu envio, quando em Lisboa Ocidental, aos 11 de abril de 1718, foi criada a freguesia de São Sebastião das Cabeceiras do Passé hoje São Sebastião do Passé.


Foto tirada antes da última reforma realizada em dezembro de 2012

Contudo, é bem provável que os jesuítas tenham realizado o seu trabalho numa aldeia existente ás margens do rio Jacuípe e batizado-a por um nome cristão, aldeamento de São Sebastião. E, nesta oportunidade, os padres da Companhia de Jesus ergueram uma capela, que foi assumida depois de sua desinstalação por algum colo devoto. Tanto que, encontraremos a Igreja Matriz da freguesia de São Sebastião identificada nas terras do Curralinho que foram dos Pes da Compa  identificada no mapa Colonial das Terras Ocupada pelo Padre Manoel Rodrigues.
A criação da Freguesia de São Sebastião dá-se numa especifica conjuntura eclesial: a este tempo, a Igreja do Brasil encontrava-se submetida aos Direitos de Padroado, regime do durante o qual esteve oficializado a união da Igreja com a Coroa Portuguesa. O Direito Padroado concebido pelo papa Júlio III constitui uma obrigação ao rei de Portugal de instalar a Igreja e propagar a mensagem cristã nos domínios ultramarinos.

Foto da Igreja ao lado foto da imagem  São Sebastião do Padroeiro  do Município
Exatamente no centro da freguesia de São Sebastião esta erguida aquela que a tradição oral, registrou-nos o Padre Luiz Ferreira de Brito, que transmitiu por gerações ter sido a primeira ermida, uma capela de palha. Mas, se é verdade que a ermida se tornou a primeira Matriz de São Sebastião possuía um caráter rústico, mas não permaneceu por muito tempo.
      Já vigésima administração que houve no nosso município, que foi administrada pelo então prefeito da época Jacildo Pereira Mesquita, a Igreja Matriz passou por uma reforma, mudando o seu estilo barroco para o moderno pois a mesma na sua área externa  possuía uma torre só e hoje possuí duas torres, quanto área interna possuía uma altar mor e altares complementares, hoje possui apenas um altar mor.

      
 A paróquia de São Sebastião reúne em seu interior transformações do cristão e do mundo, é um recorte eclesial da Igreja de São Tomás da Cantuária. Instalada no dia 19 de fevereiro de 2011.
A um só tempo, a paróquia de São Sebastião reúne heranças da sua estrutura paroquial colonial e percorre caminhos pastorais que tentam responder aos atuais apelos da Igreja e da cidade.

·       Fotos tiradas durante a Novena do Padroeiro realizada aqui no município todo ano no mês de janeiro (Janeiro 2013)









Referência Bibliográfica:
SANTOS, Danilo Pinto. Pouso dos Cristãos: Uma freguesia na Bahia Colonial. Salvador; vento leste, 2011.
OLIVEIRA, Jardilina de Santana. São Sebastião do Passe 278 anos de História. Bahia 1997.