Igreja Matriz de São Sebastião do
Passe – Ba
Foto da Igreja durante a reforma realizada no mês de dezembro de 2012 |
Foto da Igreja tirada durante a Festa do Padroeiro realizada no período 11/01/2013 à 20/01/2013 |
Arte Sacra pintada por Holanda Araú |
Criada em 22 de abril de 1718. Já pertenceu
à Arquidiocese de São Salvador da Bahia, mas em 15 dezembro de 2010 com a criação da Diocese de Camaçari pelo
Papa Bento XVI que também nomeou Dom João Carlos Petrini como seu primeiro
Bispo, a Igreja Matriz passou a pertencer a Diocese de Camaçari.
Pároco Pe. Alex Oliveira de Almeida
Cooperador Paroquial Pe. Márcio Oliveira Menezes
Seminaristas da Diocese de Camaçari:
Filipe Montesino; Márcio Oliveira Santos; Marcos Almeida
Também ajuda na evangelização: Frei
Severino Fernandes de Sousa, OFM que não é clérigo mas é Consagrado a Deus.
História:
O
historiador da Igreja, Costa e Silva(2000), reconhece a criação das paróquias
no Brasil Colonial e Imperial em três distintos momentos: O primeiro período dá
conta de cento e sessenta anos entre a criação da primeira diocese (1551) e o
governo episcopal de D. Sebastião Monteiro da Vide; a segunda ocasião corre
entre o ministério pastoral deste (1702-1722) até a oportunidade da
Independência; o terceiro segue do Ato Adicional de 1834, quando são transferidas
às Assembléias Provinciais o direito de instituir paróquias, até a separação da
Igreja e do Estado (1890), com o advento da República. O nosso estudo situa-se
neste segundo momento, quando analisaremos uma das vinte freguesias criadas, no
governo de D. Sebastião Monteiro, a Freguesia de São Sebastião das Cabeceiras
do Passé.
D. Sebastião Monteiro |
D. Sebastião Monteiro foi o quinto arcebispo da
arquidiocese da Bahia, durante o seu governo não se furtou a cuidar dos
escravos e a enfrentar os senhores de engenho que não lhes atentavam para fé
cristã, chegando a organizar um catecismo para esses cativos. Mas o principal
fato que o levou D. Sebastião a escrever uma carta ao rei D. João V (1706-50)
foram vários dentre eles a dificuldade dos ministros eclesiásticos e dos fies
ou seja a distância e as dificuldades dos caminhos, já que esses obstáculos
entre si proporcionava algumas dificuldades pastorais como: o não cumprimento
das exigentes Constituições Primeiras de se batizarem as crianças até o oitavo
dia de nascidas nas igrejas paróquias; a incapacidade de alcançar doentes ainda
vivos para serem confessados e receberem a Extrema Unção; a ausência nas missas
nos dias Santos e Domingos. Esta carta encontrará resposta seis anos após o seu
envio, quando em
Lisboa Ocidental , aos 11 de abril de 1718, foi criada a
freguesia de São Sebastião das Cabeceiras do Passé hoje São Sebastião do Passé.
Foto tirada antes da última reforma realizada em dezembro de 2012 |
Contudo, é bem provável que os jesuítas tenham
realizado o seu trabalho numa aldeia existente ás margens do rio Jacuípe e
batizado-a por um nome cristão, aldeamento de São Sebastião. E, nesta
oportunidade, os padres da Companhia de Jesus ergueram uma capela, que foi assumida
depois de sua desinstalação por algum colo devoto. Tanto que, encontraremos a
Igreja Matriz da freguesia de São Sebastião identificada nas terras do
Curralinho que foram dos Pes da Compa
identificada no mapa Colonial das Terras Ocupada pelo Padre Manoel
Rodrigues.
A criação da Freguesia de São Sebastião dá-se numa
especifica conjuntura eclesial: a este tempo, a Igreja do Brasil encontrava-se
submetida aos Direitos de Padroado, regime do durante o qual esteve
oficializado a união da Igreja com a Coroa Portuguesa. O Direito Padroado
concebido pelo papa Júlio III constitui uma obrigação ao rei de Portugal de
instalar a Igreja e propagar a mensagem cristã nos domínios ultramarinos.
Foto da Igreja ao lado foto da imagem São Sebastião do Padroeiro do Município |
Exatamente no centro da freguesia de São Sebastião
esta erguida aquela que a tradição oral, registrou-nos o Padre Luiz Ferreira de
Brito, que transmitiu por gerações ter sido a primeira ermida, uma capela de
palha. Mas, se é verdade que a ermida se tornou a primeira Matriz de São
Sebastião possuía um caráter rústico, mas não permaneceu por muito tempo.
Já
vigésima administração que houve no nosso município, que foi administrada pelo
então prefeito da época Jacildo Pereira Mesquita, a Igreja Matriz passou por
uma reforma, mudando o seu estilo barroco para o moderno pois a mesma na sua
área externa possuía uma torre só e hoje
possuí duas torres, quanto área interna possuía uma altar mor e altares
complementares, hoje possui apenas um altar mor.
A paróquia de São Sebastião reúne em seu interior
transformações do cristão e do mundo, é um recorte eclesial da Igreja de São
Tomás da Cantuária. Instalada no dia 19 de fevereiro de 2011.
A um só tempo, a paróquia de São Sebastião reúne
heranças da sua estrutura paroquial colonial e percorre caminhos pastorais que
tentam responder aos atuais apelos da Igreja e da cidade.
· Fotos tiradas durante a Novena do Padroeiro realizada aqui no município
todo ano no mês de janeiro (Janeiro 2013)
Referência Bibliográfica:
SANTOS, Danilo Pinto. Pouso
dos Cristãos: Uma freguesia na Bahia Colonial. Salvador; vento leste, 2011.
OLIVEIRA, Jardilina de
Santana. São Sebastião do Passe 278 anos de História. Bahia 1997.
A historia São Sebastião do Passe foi muito bem, descrita pelos colegas com imgens belisimas estão de parabéns !!
ResponderExcluirNoelia Aguiar sales grupo:G1
Sabemos que a Igreja Católica teve uma participação decisiva na formação das maiorias das cidades brasileiras,com percebemos no desenrolar da história desta cidade assim como a de Brumado nota-se nas primeiras noticias oficias de São Sebastião do Passé também derivam da fé cristã.
ResponderExcluirJaqson Alves Santos
Grupo G1
Gostei de conhecer um pouco de São Sebastião do Passé, e que o nosso padroeiro é o mesmo São Sebastião, onde neste dia 20 de janeiro foi louvado por toda comunidade católica aqui em Brumado.
ResponderExcluirSoraia Viana Pesssoa
o blog demonstra a participação da Igreja Católica no processo cultural de São Sebastião do Passé, e um fato interessante é a permanencia dessas tradições até os dias atuais pois vem passando de geração para geração.
ResponderExcluirLeandro Coreia Dias G 1- Brumado
A turma está de parabéns pelo blog!
ResponderExcluirAchei muito interessante as semelhanças com a nossa cidade, como a contrução da igreja, o seu estilo arquitetônico, o padroeiro de São Sebastião, como já comentado pela colega acima. Isso nos mostra como somos semelhantes e ainda temos muito que aprender sobre a cultura do nosso estado, nosso país, as rupturas e permanências que nos cercam que apesar de ser diverssificada existe um elo que os une, nesse processo histórico.
Roberta M. F. Pereira
Brumado-BA - G1
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirInteressante a História do catolicismo dessa cidade e a importância do mesmo para ela. Pude perceber que a religião andou junto com muitas transformações desse lugar e que seu povo é muito religioso. Trazendo herança da estrutura paroquial ela carrega um legado histórico que faz com que seja mais um patrimônio a ser preservado.
ResponderExcluirNormélia Mendes
Percebemos o quanto a religiosidade influenciou na construção do Brasil enfatizando bem o nascimento dos Estados e das cidades, Salvador, por exemplo, é denominada de São Salvador, Com São Sebastião do Passé não foi diferente e, mesmo com o desenvolvimento e surgimento de várias religiões o seu padroeiro ainda é muito festejado pelos seus fieis demonstrando que este também é um vestígio do período colonial que chegou até a atualidade.
ResponderExcluirContudo, vemos a importância da História para a construção e desenvolvimento social e humano para cada época para cada cidadão, sendo assim este blog veio acrescentar e muito o nosso aprendizado, pois isto também é uma forma de podermos conhecer como nascemos e nos desenvolvemos.
Vale ressaltar a cidade de São Sebastião do Passé, no ano de 1926 era distrito da cidade de São Francisco do Conde. Hoje com lindas praças e um belíssimo, Patrimônio Histórico da época do Barroco com pequenas modificações, feitos ao longo dos anos.
ResponderExcluirEliana Alves Damacena
Brumado-Ba G1
Olá colegas,
ResponderExcluirA Igreja católica e a religiosidade popular tiveram papel fundamental na origem e expansão de grande parte das cidades brasileiras, sendo que muitas dessas cidades surgiram e/ou cresceram em função da atuação desta instituição e, em alguns casos, de práticas e valores da religiosidade local.
Muito interessante a forma como a Igreja e a religiosidade influenciam a urbanização da cidade de São Sebastião do Passé. A estrutura dessa Igreja se parece muito com a de Brumado, com estilo colonial, herança dos portugueses.
Parabéns pelo blog.
Um abraço.
Telmira C. Cotrim - Brumado G1